Foto (e-d): Juca, Letícia, Vitória e Márlon, estão no Centro de Desenvolvimento do Vôlei, em Saquarema
Seleção Brasileira Escolar
Estão acontecendo em Saquarema-RJ os treinamentos da Seleção Brasileira Escolar, com as atletas que se destacaram nos Jogos Escolares da Juventude, o "Brasileiro Escolar", na categoria sub-14. Como o Colégio Martin Luther venceu o campeonato escolar do estado, representou o Rio Grande do Sul na competição que ocorreu em Natal-RN.
Por terem se destacado foram chamadas para esta avaliação as atletas Letícia Scherer, que atua como atacante de ponta e a oposto Vitória Bersch, que integram a equipe estrelense. As atletas passarão uma semana em treinamento e depois retornam para as férias escolares.
CBV e COB avaliam novos talentos
De 16 a 21 deste mês, por uma semana, 40 adolescentes de 12 a 14 anos (20 de cada naipe) poderão viver um sonho: treinar no Aryzão, em Saquarema (RJ), a casa do voleibol brasileiro. Em uma parceria da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), os atletas que se destacaram nos Jogos Escolares da Juventude, realizados entre 5 e 14 de setembro, em Natal (RN), foram convidados para integrarem a seleção brasileira escolar de vôlei.
O período em que os meninos e meninas oriundos de 14 estados diferentes ficarão treinando em um centro especializado no esporte é uma via de mão-dupla. Para os eleitos, serve como um grande incentivo para que continuem na prática do vôlei, e desenvolvam seu potencial sob os cuidados da comissão técnica das seleções de base do Brasil. Para Percy Oncken, técnico da seleção infanto-juvenil, e Vinícius Gomes, o Alegrete, técnico da seleção infantil, os dias serão de muita observação.
“Este é o segundo ano que convocamos os atletas para as seleções escolares. É uma geração que nos interessa muito, porque, a partir do ano que vem, teremos o Sul-Americano infantil em edições anuais. Então, além dos atletas selecionados terem a oportunidade de aproveitar uma semana de treinos na casa do voleibol brasileiro junto com os técnicos das seleções de base, nós também temos a chance de observarmos, de fazermos a primeira avaliação de um grupo de bastante potencial visando esta competição. Temos um bom plantel”, comentou Percy, que foi pessoalmente à capital potiguar observar os atletas.
Um dos observados é o paulista Henrique Neri, de Maúá (SP,) que tem 14 anos e disputou os Jogos Escolares da Juventude pelo Colégio Leonardo Da Vinci. Ele, que é levantador, sonha seguir na carreira de jogador profissional de vôlei, e diz aproveitar cada minuto do tempo dentro do mesmo local onde seus ídolos Ricardinho (Moda/Maringá) e William (Sada Cruzeiro) já treinaram.
“A rotina aqui é toda voltada para o vôlei, muitos treinos, aqui a gente respira o esporte. Comecei aos dez anos, sempre foi o meu esporte preferido. É muito bom saber que estou entre os melhores do país, é um sentimento muito gratificante. Meus ídolos são o Ricardinho e o William. É impressionante saber que os caras que me inspiram também já treinaram aqui”, comentou Henrique.
Além dos treinos, os atletas também participaram de atividades práticas do III Encontro de Técnicos Formadores, que acontece de 18 a 20 de dezembro no próprio Aryzão, e puderam aprender um pouco mais com profissionais do esporte de todo o país. A seleção escolar fica em Saquarema até o dia 21 deste mês.
Encontro de Técnicos Formadores
Além de Letícia e Vitória, os técnicos Juca Klein e Márlon Bohn também estão no Rio de Janeiro, mas participando de outro evento. Em três dias de palestras e atividades práticas, de 18 a 20 de
dezembro, mais de 80 treinadores de 24 estados estarão reunidos para
debater o voleibol no Brasil. O III Encontro de Técnicos Formadores,
realizado no Aryzão, em Saquarema (RJ), é fruto da parceria entre a
Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) e a Solidariedade Olímpica
Internacional, órgão do Comitê Olímpico Internacional (COI) voltado para
o financiamento de ações de formação de profissionais do esporte e
atletas.
No grupo reunido estão técnicos que desenvolvem trabalhos em clubes e
escolas, principalmente nas categorias de base. Segundo Antônio Rizola,
gerente de seleções da CBV, a ideia do evento é disseminar entre eles
as práticas adotadas pelas seleções brasileiras por todo o país, por
meio dos profissionais que lidam diretamente com os jovens. Além disso,
os treinadores ainda terão a responsabilidade de divulgar o conteúdo
aprendido em seus respectivos estados.
“A importância disso é que todos os técnicos que trabalham com
formação entendam que a seleção brasileira está aberta, faz parte do
trabalho deles, é a casa deles. Então a transmissão ao vivo sem a
necessidade de senhas e cadastros prévios é exatamente para mostrar para
eles: venham para cá, temos informações que nós queremos compartilhar.
Os dados da seleção brasileira não podem ficar dentro dos armários,
devem ser divulgados”, explicou Rizola.
A representante da Solidariedade Olímpica Internacional, Renata
Cordeiro, reforça que o objetivo principal do evento é o intercâmbio
entre os profissionais. Inclusive, ela conta que o encontro é parte de
um projeto maior, em que as modalidades esportivas trocam experiências
na busca por excelência técnica e estrutural.
“Estamos no terceiro ano de incentivo ao projeto, a Solidariedade
Olímpica está muito honrada em trabalhar junto com este grupo, que é
muito forte, tem conhecimento, sabe e gosta do que faz. É o que a gente
procura, projetos desta natureza para tirar do papel. Coincidentemente,
este projeto faz parte de um outro programa chamado Intercâmbio e
Cooperação e o professor Antônio Rizola é um dos consultores e
orientadores, uma espécie de tutor de outras modalidades que gostariam
de construir o mesmo projeto que o voleibol fez aqui com técnicos
formadores de atletas de base”, explicou Renata.
Neste ano o destaque é a prevenção de lesões e o voluntariado
A edição de 2013 é a maior em número de participantes (88
convidados), e Renata acredita que este crescimento é fundamental para o
esporte, principalmente no tocante à reativação da rede de técnicos
formadores e sua interação com as seleções. Outro aspecto importante é o
conhecimento interdisciplinar compartilhado. Antônio Rizola destaca
como esta característica do encontro beneficia a todos os envolvidos.
“A cada ano temos palestras bem diferentes e importantes na prática
deles. Em outras edições ensinamos como captar patrocínio, financiamento
de governos, verbas de ministério. Neste ano estamos focando na
prevenção de lesões e no incentivo ao voluntariado em 2016”, concluiu o
gerente de seleções da CBV.
Um dos participantes assíduos do encontro é Luciano Alberto Lima, o
Beto, de Belo horizonte (MG). Ele considera o evento uma mobilização
fundamental para o desenvolvimento do voleibol no país, e destaca que
conhecer as referências internacionais trazidas pelos palestras e a
realidade de cada estado brasileiro mostrada pelos outros participantes
enriquece os profissionais envolvidos.
“Eu me senti muito importante sendo convidado para participar de um
movimento tão grande, uma mobilização nacional em prol de nosso vôlei. A
CBV está de parabéns pela iniciativa de começarmos a unificar a
linguagem em nossos treinamentos, isso é muito bom para facilitar as
nossas seleções. Eu me senti valorizado dentro deste processo. Outro
aspecto muito interessante é que no encontro conseguimos saber a
realidade de cada estado do país. Temos um território continental, as
diferenças são muito grandes”, avaliou Beto.
O III encontro de técnicos formadores acontece entre os dias 18 e 20
de dezembro, no Aryzão em Saquarema (RJ) e conta em sua programação uma
série de palestras e atividades práticas. Entre os palestrantes estão
Percy Oncken, técnico da seleção infanto-juvenil, Ricardo Picinin,
técnico da seleção infantil feminina, Adelmo Nakayama, fisioterapeuta
das categorias de base da seleção brasileira, entre outros. Todas as
atividades serão transmitidas ao vivo em nosso site.
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